2010/08/02

Depoimento de um viciado (Microconto psicológico)

Aqueles beijos de vinho e o extremo conforto me deixam mais doente, mais viciado, mais louco por você. O que faço?
Estou tão viciado que, no momento, em nosso caso, me contentaria muito em ficar com você em qualquer lugar, onde quer que fosse, com quem quer que fosse.
Liguei o foda-se, quero você e ponto.
Eu sei que eu tenho você. Acho até que é a única coisa (respeito! coisa não, é pessoa! a unica pessoa) que eu realmente tenho. Mas eu quero te ver, te abraçar, te ter, quando a vontade surgir.
Sabe, estou ali, de repente quero te ter e é só eu ir até você. Entende?
Estou de "bad", e ficarei até o próximo encontro.
Quando o carro foi indo, eu sorri, e geralmente eu sorrio porque não consigo chorar.
Eu sei, eu sei. Só não sei porque temos que estar distantes agora, não entendo, não aceito. Ó, entendi, malditas táticas do vício! Temos que estar distantes agora para que num futuro não tão distante possamos nos manter juntos. Eu estudo, você encontra um emprego que dê pra sobreviver e seremos felizes em algum lugar. Não sei porque estudamos, vou morrer mesmo. É tão desnecessário, né?
Ó, malditas táticas do vício!
Não preciso estudar pra me sustentar através dos meus livros. Alias, pensando bem, nao sei porque estudo. Ah, estudo a vida.
I Want You. I Want You.
Quero crescer contigo. Quando eu crescer: quero ser o teu homem, quero ser o homem da tua vida. Convicção é meu sobrenome do meio.
Smother me, smother me...
Eu quero, quero muito. E nós temos uma vida pra isso. Logo estaremos juntos e eu vou te sufocar de tanto abraço, beijo e amor que te darei.
Smother me, smother me...
Você me apresentou tantos sentimentos, tantas emoções que eu muito faço pra retribuir. Aliás, você me faz acreditar em algo que eu desacreditava, amor.