Quando há visceralidade emocional no afeto físico, tudo piora, pois se somente os laços intangíveis do platonismo, nada aperta, nada rasga, nada corta. A negatividade de determinada situação se fortalece por inviabilidade de toque, tato, pleonasmos físicos, seja por bad timing-and-placing ou divergências astrais, não há critérios suficientes nesta narrativa para apurar a absoluta razão para o inconclusivo fim de duas pessoas. Inconclusivamente sem desfecho devido a ausência de um diálogo final devido a continuidade de contato devido a gama de interesses em comum devido ao desentendimento devido a tudo.
Se pensasse em dizer que se sentia um homem melhor a seu lado, mentalizava a cena e se via chorando, porque assumir tal mudança seria um ato tão difícil para quem tão problemático para se expressar clara e sinceramente que romperia as barragens lacrimais depois de alguns segundos, ou minutos, contendo-se para abrir o peito com a escandalosa verdade. Vazaria, explodiria, e pensava que ela era digna da causa de tudo isso: a vontade. De fato, o pessimismo se esvai diante de tudo que a compõe, o sorriso largo ora fechado ora irradiante, os traços tanto naturais quanto os tatuados, a bem-aventurada liberdade, a desavergonhada sinceridade, a admirável curiosidade, a disfarçada reciprocidade… Tudo (agora lembranças impraticáveis) é capaz de encher o peito com lâminas enferrujadas pelo remorso do que não devia ter sido dito ou feito ou sentido ou nada faz sentido quando a mente escapa e flui e não quer encontrar justificativa concreta para o distanciamento e só encontra a dor cínica causada pela possibilidade inicialmente abraçada com receios, sem tanta dedicação, mas então envolvida com todas as forças que agora precisou ser abandonada no meio da correnteza, talvez pelo intenso aperto com cara de obsessão. "Eu não sei nadar”, disse ele, “deixa de ser pessimista”, disse ela, “nada mais profundo que um mergulho no seu corpo”, diria ele (mesmo que desconexo ao diálogo, lembrando-se daquele domingo) se naquele momento se lembrasse perfeitamente da frase pixada em um poste a poucas quadras de onde se conheceram. Quando recordou do que deveria ter dito, não era a única coisa obviamente, envolveu-se novamente pela saudade, que era inversamente proporcional ao tempo de início dessa história, julgava-se incapaz de se apegar tanto a alguém em pouco mais de um mês, mas então seu pensamento jogava uma carta escondida, há mais tempo do que a previsível colisão ocorrera havia o condicionamento emocional para poder sentir calorosa e intensamente mais uma vez depois de outrora destroçado por outros amores, reconstruiu-se quando o determinado encontro aconteceu e, de tanto entender ao longo dos dias a possibilidade de algo maior, aceitou que ela contribuísse de toda e qualquer maneira em sua reconstrução, abriu a porta das obras, mas ela não entrou.
Não havia nada mais convincente do que se permitir sentir tanto a ponto de se tornar visível para quem o sentimento era devido, mas, neste caso, ainda era insuficiente.
Escancarou a porta e não se importou em arrumar a bagunça antes que o alguém esperado entrasse, contudo a desordem, quando excessiva, não merecia ordem.
Os fios da história e dos sentimentos, ambos entrelaçados, perdem-se e arrebentam, restando o que se conseguiu reunir do emaranhado arruinado de tudo que se conseguiu recuperar dessa confusão.
Até que se aceite que não há mais qualquer afeto cultivável, resta o constante e inevitável apodrecimento das emoções que em algum momento do passado foram consideradas em um diálogo franco o futuro adequado.
Se pensasse em dizer que se sentia um homem melhor a seu lado, mentalizava a cena e se via chorando, porque assumir tal mudança seria um ato tão difícil para quem tão problemático para se expressar clara e sinceramente que romperia as barragens lacrimais depois de alguns segundos, ou minutos, contendo-se para abrir o peito com a escandalosa verdade. Vazaria, explodiria, e pensava que ela era digna da causa de tudo isso: a vontade. De fato, o pessimismo se esvai diante de tudo que a compõe, o sorriso largo ora fechado ora irradiante, os traços tanto naturais quanto os tatuados, a bem-aventurada liberdade, a desavergonhada sinceridade, a admirável curiosidade, a disfarçada reciprocidade… Tudo (agora lembranças impraticáveis) é capaz de encher o peito com lâminas enferrujadas pelo remorso do que não devia ter sido dito ou feito ou sentido ou nada faz sentido quando a mente escapa e flui e não quer encontrar justificativa concreta para o distanciamento e só encontra a dor cínica causada pela possibilidade inicialmente abraçada com receios, sem tanta dedicação, mas então envolvida com todas as forças que agora precisou ser abandonada no meio da correnteza, talvez pelo intenso aperto com cara de obsessão. "Eu não sei nadar”, disse ele, “deixa de ser pessimista”, disse ela, “nada mais profundo que um mergulho no seu corpo”, diria ele (mesmo que desconexo ao diálogo, lembrando-se daquele domingo) se naquele momento se lembrasse perfeitamente da frase pixada em um poste a poucas quadras de onde se conheceram. Quando recordou do que deveria ter dito, não era a única coisa obviamente, envolveu-se novamente pela saudade, que era inversamente proporcional ao tempo de início dessa história, julgava-se incapaz de se apegar tanto a alguém em pouco mais de um mês, mas então seu pensamento jogava uma carta escondida, há mais tempo do que a previsível colisão ocorrera havia o condicionamento emocional para poder sentir calorosa e intensamente mais uma vez depois de outrora destroçado por outros amores, reconstruiu-se quando o determinado encontro aconteceu e, de tanto entender ao longo dos dias a possibilidade de algo maior, aceitou que ela contribuísse de toda e qualquer maneira em sua reconstrução, abriu a porta das obras, mas ela não entrou.
Não havia nada mais convincente do que se permitir sentir tanto a ponto de se tornar visível para quem o sentimento era devido, mas, neste caso, ainda era insuficiente.
Escancarou a porta e não se importou em arrumar a bagunça antes que o alguém esperado entrasse, contudo a desordem, quando excessiva, não merecia ordem.
Os fios da história e dos sentimentos, ambos entrelaçados, perdem-se e arrebentam, restando o que se conseguiu reunir do emaranhado arruinado de tudo que se conseguiu recuperar dessa confusão.
Até que se aceite que não há mais qualquer afeto cultivável, resta o constante e inevitável apodrecimento das emoções que em algum momento do passado foram consideradas em um diálogo franco o futuro adequado.