Deitado, chorando ao teu lado, sentindo o cheiro do teu sangue derramado. Meu coração está doendo, como se quem estivesse fosse eu, como se quem estivesse arrependido fosse eu.
Eu não fico mal ao te ver aí, eu não fico bem ao te ver aí. Fico pensando: como pode ser tão tola por ter me ignorado?
Não é tua ida que vai travar minha vida, tenho muito o que viver, preciso correr pra não ter o mesmo destino que você.
Amargura, arrependimento, tortura, caixão.
É isso o que você sente após perceber que errou? O que eu senti, foi pior, pois minha vida continuou e tive de me acostumar com a dor até você passar.
Você é fraca por isso não resistiu às dores, você agora está aí, sem vida.
Eu te perdoo, simplesmente porque tenho dó.
Não descanse em paz.
2009/02/23
2009/02/22
Impossibilidade morta
- O que aconteceu? - Perguntei, alucinado com o que aconteceu.
- Você, foi agredido, no bar, por não ter feito nada, Gustavo te bateu, você sangrou, eu te ajudei. Lembra? - A voz de Vitória soou pela primeira vez, tranquila e amável.
-Não! Disso eu lembro! Eu quero saber por que você me socorreu? Alguem te obrigou? Teve dó? Sentiu pena de quem UM DIA TE AMOU?
- Como assim: Um dia me amou? Hoje não ama mais?
- Amor platônico? Não Obrigado. Prefiro ficar só do que viver um amor platônico ou ilusório.
- Quem disse que é platônico?
- Oi? Que?
- Quando você caiu, no bar, tua expressão me abriu a mente, me fiz por lembrar de tudo que você havia há 3 anos atrás, quando eu era uma simples tola. - Exclamou ela em um tom de ansiedade.
-Era, realmente era tola. - Me senti forçado a concordar, ironicamente.
- Meu coração grita para eu não fingir mais, para eu perceber que encontrei meu grande amor há tempos, mas fui teimosa e não aceitei.
-Nossa, que triste.- Eita ironia!
-Não fale assim! Parece até que você não gosta de mim.
- Eu? ham... - Estava nervoso e raivoso sem explicação ao dizer as duas ultimas frases.
-Por favor Bento! Você já entendeu! Eu me arrependi, unica coisa que eu quero HOJE, é você!
-... Eu? Se essa tal coisa for realmente EU, se esse tal arrependimento for real, se aí em teu coração existir um sentimento verdadeiro... Não preciso de mais nada! Só você, comigo.- Surpreso ao ouvir e dizer estas coisas. Fiquei surpreso e nervoso.
-Sim, você! Sim, me arrependi, como nunca antes. Sim, é um sentimento verdadeiro, e inexplicável.
- Nossa, a partir de hoje, terremotos podem passar, não vou me abalar.
- Posso ser teu unico terremoto?
- Destrua tudo, abale meu dia, acabe com minha noite, modifique meu coração.
- Estou sonhando, não me acorde.
- Tá maluca!!? Amores reais não são vividos em sonhos! Sonhos são vontade, Amores: Realidade.
- Ok... mas você naquela época não tinha sonhado comigo? Como pode dizer que amores reais não aparecem em sonhos.
- Rá! Aquele sonho foi apenas um sinal, teve um significado. Mas meu amor por ti surgiu depois, após perceber o quão incrível você era, aliás, você continua incrível.
- Como você define incrível?
-Ham... ééé... tu é uma mina muito gostosa, tá ligada? Tá loco! se eu pego, eu morro.- Eu e meu lado periferia. Mas não era assim que eu definia 'incrível'.
- Ahahahahahahrerereeeeerr. Pervertido, você é um tarado pervertido. Mas é assim: os opostos se atraem! Eu me acostumo. - Ela é inteligente pra sacar brincadeiras, nem precisei me explicar.
- Eeeererereeeeer...!
- Então rapá?! Não vai dizer o que é incrivel?
- Você! Incrivel não tem explicação pra mim. O que sinto por você naõ tem explicação.
-Ain que fofo... Você é demais.
Eba, adoro brincadeiras.
-O que é 'demais' pra você?
- Em palavras eu não explico.
- Explica de outra forma então, tonga!
- Posso? Já tenho tanta privacidade assim?
- Sim vá em frente.- Medo, ao pensar que ela podia me sacanear.
-...
-...- Ai ai ai, silênciooo.
Seu olhar era secreto, todo pretensioso.
Acontece, um beijo, recebi o esperado beijo. Desde meus 13 anos aguardava que Vitória tomasse essa atitude. Tudo por que? Tudo graças ao meu sangue derramado, literalmente. Os anos de espera foram compensados por um beijo longo e satisfatório, mas precisava soltá-la, tinha tanto a dizer.
- Quer viver o agora comigo? Fique comigo apenas por agora, façamos do agora, eterno.
-Óò.. como pude ser tão tola ao recusar-te! Só porque você não era um 'popular'? Eu nem mesmo gostava deles! Mas minhas, hoje não mais, amigas, tinham falsos pré-conceitos sobre qualquer 'não-popular', e eu temia magoá-las. Elas e seu nojos, queimem no inferno! Falsas, ordinárias...
- Calma, besta! Nós é quem vamos queimar. Não no inferno. Queimaremos de tanto amor.
- Nossa, você é caliente! Sensual, ui!
- Você não viu nada gata! - Como ela consegue? Tão divertida, e retruca minhas piadinhas tão bem.
- Eu te amo! Encontrei meu lugar, agora posso respirar em paz.
"Eu te amo". Disse ela, a frase talvez clichê, mas eu precisava dessa confirmação.
- Me abraça, me sufoca. Deixe me ser única!- Nem esperou eu falar algo.
- Desde que te conheci, você é a unica garota a mandar em meu corpo e espirito. Eu te amo até meu fim. Você vai me amar até teu fim?
-Sim, com teus olhos me guardando posso viver tranquila até a morte.
(Beijo)
- Você, foi agredido, no bar, por não ter feito nada, Gustavo te bateu, você sangrou, eu te ajudei. Lembra? - A voz de Vitória soou pela primeira vez, tranquila e amável.
-Não! Disso eu lembro! Eu quero saber por que você me socorreu? Alguem te obrigou? Teve dó? Sentiu pena de quem UM DIA TE AMOU?
- Como assim: Um dia me amou? Hoje não ama mais?
- Amor platônico? Não Obrigado. Prefiro ficar só do que viver um amor platônico ou ilusório.
- Quem disse que é platônico?
- Oi? Que?
- Quando você caiu, no bar, tua expressão me abriu a mente, me fiz por lembrar de tudo que você havia há 3 anos atrás, quando eu era uma simples tola. - Exclamou ela em um tom de ansiedade.
-Era, realmente era tola. - Me senti forçado a concordar, ironicamente.
- Meu coração grita para eu não fingir mais, para eu perceber que encontrei meu grande amor há tempos, mas fui teimosa e não aceitei.
-Nossa, que triste.- Eita ironia!
-Não fale assim! Parece até que você não gosta de mim.
- Eu? ham... - Estava nervoso e raivoso sem explicação ao dizer as duas ultimas frases.
-Por favor Bento! Você já entendeu! Eu me arrependi, unica coisa que eu quero HOJE, é você!
-... Eu? Se essa tal coisa for realmente EU, se esse tal arrependimento for real, se aí em teu coração existir um sentimento verdadeiro... Não preciso de mais nada! Só você, comigo.- Surpreso ao ouvir e dizer estas coisas. Fiquei surpreso e nervoso.
-Sim, você! Sim, me arrependi, como nunca antes. Sim, é um sentimento verdadeiro, e inexplicável.
- Nossa, a partir de hoje, terremotos podem passar, não vou me abalar.
- Posso ser teu unico terremoto?
- Destrua tudo, abale meu dia, acabe com minha noite, modifique meu coração.
- Estou sonhando, não me acorde.
- Tá maluca!!? Amores reais não são vividos em sonhos! Sonhos são vontade, Amores: Realidade.
- Ok... mas você naquela época não tinha sonhado comigo? Como pode dizer que amores reais não aparecem em sonhos.
- Rá! Aquele sonho foi apenas um sinal, teve um significado. Mas meu amor por ti surgiu depois, após perceber o quão incrível você era, aliás, você continua incrível.
- Como você define incrível?
-Ham... ééé... tu é uma mina muito gostosa, tá ligada? Tá loco! se eu pego, eu morro.- Eu e meu lado periferia. Mas não era assim que eu definia 'incrível'.
- Ahahahahahahrerereeeeerr. Pervertido, você é um tarado pervertido. Mas é assim: os opostos se atraem! Eu me acostumo. - Ela é inteligente pra sacar brincadeiras, nem precisei me explicar.
- Eeeererereeeeer...!
- Então rapá?! Não vai dizer o que é incrivel?
- Você! Incrivel não tem explicação pra mim. O que sinto por você naõ tem explicação.
-Ain que fofo... Você é demais.
Eba, adoro brincadeiras.
-O que é 'demais' pra você?
- Em palavras eu não explico.
- Explica de outra forma então, tonga!
- Posso? Já tenho tanta privacidade assim?
- Sim vá em frente.- Medo, ao pensar que ela podia me sacanear.
-...
-...- Ai ai ai, silênciooo.
Seu olhar era secreto, todo pretensioso.
Acontece, um beijo, recebi o esperado beijo. Desde meus 13 anos aguardava que Vitória tomasse essa atitude. Tudo por que? Tudo graças ao meu sangue derramado, literalmente. Os anos de espera foram compensados por um beijo longo e satisfatório, mas precisava soltá-la, tinha tanto a dizer.
- Quer viver o agora comigo? Fique comigo apenas por agora, façamos do agora, eterno.
-Óò.. como pude ser tão tola ao recusar-te! Só porque você não era um 'popular'? Eu nem mesmo gostava deles! Mas minhas, hoje não mais, amigas, tinham falsos pré-conceitos sobre qualquer 'não-popular', e eu temia magoá-las. Elas e seu nojos, queimem no inferno! Falsas, ordinárias...
- Calma, besta! Nós é quem vamos queimar. Não no inferno. Queimaremos de tanto amor.
- Nossa, você é caliente! Sensual, ui!
- Você não viu nada gata! - Como ela consegue? Tão divertida, e retruca minhas piadinhas tão bem.
- Eu te amo! Encontrei meu lugar, agora posso respirar em paz.
"Eu te amo". Disse ela, a frase talvez clichê, mas eu precisava dessa confirmação.
- Me abraça, me sufoca. Deixe me ser única!- Nem esperou eu falar algo.
- Desde que te conheci, você é a unica garota a mandar em meu corpo e espirito. Eu te amo até meu fim. Você vai me amar até teu fim?
-Sim, com teus olhos me guardando posso viver tranquila até a morte.
(Beijo)
2009/02/07
Pesticida
Passei a acreditar que a chuva purifica.
É anunciada a chuva.
Na hora de ir pra casa, opto propositalmente por um longo caminho até o ponto de ônibus, cerca de 15 minutos de caminhada ao invés de pegar ônibus. Peguei uma chuva fortíssima. Enquanto pessoas procuravam abrigo em qualquer cobertura do centro da cidade, eu caminhava sozinho no meio da Rua XV.
Quando passei a mão na cabeça e percebi que estava inteiramente molhado, sorri pela primeira vez no dia e ri da besteira que fazia. Daí pra frente, fui esquecendo os problemas e alargando o sorriso. Ri da onda que um carro fez e cobriu uma senhora d'água. Sorri para o cachorro molhado deitado no ponto de ônibus.
Sem motivos.
É anunciada a chuva.
Na hora de ir pra casa, opto propositalmente por um longo caminho até o ponto de ônibus, cerca de 15 minutos de caminhada ao invés de pegar ônibus. Peguei uma chuva fortíssima. Enquanto pessoas procuravam abrigo em qualquer cobertura do centro da cidade, eu caminhava sozinho no meio da Rua XV.
Quando passei a mão na cabeça e percebi que estava inteiramente molhado, sorri pela primeira vez no dia e ri da besteira que fazia. Daí pra frente, fui esquecendo os problemas e alargando o sorriso. Ri da onda que um carro fez e cobriu uma senhora d'água. Sorri para o cachorro molhado deitado no ponto de ônibus.
Sem motivos.
2009/02/01
Portão 13
É assim...
a esperança morre,
nada se resolve
e eu aqui, esperando
algo que desconheço.
Suplico ajuda,
o velho sentado ao lado dorme,
a moça parece estar alcoolizada,
o mendigo não tem sinais de vida,
nada na rodoviária tem pretensão de ajuda.
Ninguém quer me ajudar
nem eu.
a esperança morre,
nada se resolve
e eu aqui, esperando
algo que desconheço.
Suplico ajuda,
o velho sentado ao lado dorme,
a moça parece estar alcoolizada,
o mendigo não tem sinais de vida,
nada na rodoviária tem pretensão de ajuda.
Ninguém quer me ajudar
nem eu.
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