Por viver, já estou morrendo (todos estamos), mas preciso parar de matar mais um pouco de mim toda vez que lembro daquela exposição que vimos juntos (porém separados em nossos silêncios). Ah, não é a única lembrança (não!) que tenho daqueles domingos, daquelas sextas, segundas, terças e daquele sábado. (Sim, meio que guardei desorganizadamente na mente os dias da semana). Nem lembro do que ou quem era a exposição... Na verdade, eram várias, efêmeras em minha cabeça, mas lembro de cruzar contigo pelos corredores e pensar: "Que mulher..." Não sei traduzir teu magnetismo, apenas me aproximo (cada vez mais, sem querer).
Pessoas que saem acompanhadas e prezam pelo silêncio? Sim. Na exposição, a gente trocou frases curtas (diferente de quando conversávamos sobre filmes, séries, pessoas, etc), mas o efeito da tua presença foi longo. Muito longo. Não sei se persiste. Não sei. Sim, persiste. Insiste.
Sei que queria ter morado contigo naquele lugar por alguns meses até que fossemos eternizados, transformados numa pintura, escultura, poesia, enfim, qualquer arte tão saudosa quanto tua quietude.
E eu... Esquece, deixo aqui o registro da falta que o teu silêncio faz, mas esquece. Aliás, teria você também esquecido o que havia naquele lugar? Lembro da tua presença.
Não está nos meus planos abraçar a Morte, essa desgraçada, mas saudade mata.
Mas, "se eu parar... pra pensar", o que é que não mata? Amar mata. Perder-me/te/se mata. Perder mata. Vencer mata. Saudade mata. Silêncio mata. Barulho mata. Viver mata.
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